sábado, 16 de outubro de 2010

Agência SEBRAE de Notícias RN publicou

14.10.2010 | 14:09
FLORICULTURA

Flores fecham o ano com negócios da ordem de R$ 3,8 bilhões no País

O segmento de floricultura vem registrando um crescimento entre 12% e 15% ao ano, acima da média da economia nacional. A expectativa é chegar ao fim do ano com um faturamento de R$ 3,8 bilhões.
Alberto Coutinho

A comercialização de flores e plantas no Brasil deverá fechar o ano de 2010 com R$ 3,8 bilhões, registrando um crescimento entre 12% e 15% ao ano, acima da média da economia nacional. A previsão é do engenheiro agrônomo e especialista em Inteligência Comercial para a horticultura, Antônio Hélio Junqueira, que fez uma análise do cenário e das perspectivas para o segmento de flores no Brasil, nesta quarta-feira (13), durante o Fórum de Floricultura, realizado pelo Sebrae-RN, na Festa do Boi, no Parque Aristófanes Fernandes, em Parnamirim (RN).

Na avaliação de Hélio Junqueira, a floricultura está se tornando um setor cada vez mais pujante, sobretudo devido ao crescimento da comercialização de flores e folhagens de corte, flores envasadas e mudas de plantas destinadas ao paisagismo e a jardinagem. Do total movimentado no setor, 50% correspondem a esse último segmento, aquecido pela área de construção civil com o surgimento de novos condomínios e prédios. Outro viés do crescimento do setor é o planejamento urbano em cidades que serão sede da Copa do Mundo em 2014, como é o caso de Natal (RN).

A região Sudeste é maior produtora de flores e plantas, seguida do Sul e do Nordeste brasileiro. O Estado de São Paulo detém 60% do valor comercializado no País. Em segundo lugar vem Minas Gerais, seguido do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. Junqueira lembra que a floricultura exige investimentos em tecnologia por ter uma produção com foco no mercado. O produtor tem que produzir para atender ao mercado em datas específicas. “Tem que se programar muito bem para ter o produto naquela data de consumo. Para isso, é necessário usar tecnologia de irrigação e sombreamento, além de procurar cultivar as variedades certas”, ensina.

O Brasil tem um grande potencial de crescimento na floricultura. Enquanto nos países europeus se consome em média U$ 70 a U$ 100 per capta, no Brasil não passa de U$ 11 per capita, devido a falta de hábito de consumo. Hélio Junqueira disse que a tendência é que a produção do Nordeste atenda aos pólos regionais com as flores tropicais, plantas envasadas, como hortência e zínia. No segmento de paisagismo há um grande potencial para se utilizar cactos, palmeiras, abacaxis ornamentais, bromélias, orquídeas nativas, antúrios, adaptadas às condições climáticas e de solo do Nordeste.

CATÁLOGOSócio-proprietário da Hórtica Consultoria e Treinamento, Junqueira orienta os interessados em investir na atividade a pesquisar o mercado, identificando para quem vender, como chegar a esse cliente e saber o que ele deseja comprar. Ou seja, conhecer o mercado. Em seguida, o empreendedor deve fazer um plano de negócio para saber quanto investir, em quanto tempo terá o retorno financeiro, qual a renda, se vai precisar de empregados e os insumos necessários.

O consultor defende o associativismo como uma forma de viabilizar a comercialização. “Porque produzir é fácil. Comercializar e entregar o produto é que é mais complicado”, acredita. Para minimizar a resistência que algumas pessoas tem às flores tropicais, Hélio Junqueira acredita que é preciso criar uma cultura de consumo, através da valorização das flores com ações educativas, como utilizá-las em eventos importantes e em espaços como igrejas. “Um bom exemplo é o dos produtores de Belém, que utilizaram as tropicais na procissão do Sírio de Nazaré, dando um novo status à flor”, lembra.

Hélio Junqueira participou do lançamento do Catálogo das Flores e Plantas Ornamentais do Rio Grade do Norte, na noite de quarta-feira (13), no Parque Aristófanes Fernandes. A sua empresa, Hórtica Consultoria e Treinamento, coordenou junto com o Sebrae a realização do Diagnóstico da Cadeia Produtiva da Floricultura da Grande Natal e assessorou a elaboração do catálogo recém lançado.

O diretor superintendente do Sebrae no rio Grande do Norte, José Ferreira de Melo Neto destacou a elaboração do catálogo de flores como uma grande conquista dos produtores que fazem parte do projeto da instituição, que tem importantes parceiros como a cooperativa Potyflores. “Flores é um negócio rentável e tem tudo para se tornar um arranjo produtivo de destaque no setor do agronegócio”, acredita. O diretor técnico, João Hélio Cavalcanti, afirma que o projeto inaugura uma nova fase da atividade, ante as oportunidades que surgem do mercado consumidor. “O setor tem avançado bastante, gerando mudanças importantes, tanto em termos de produtividade e de renda para o produtor”, finaliza João Hélio.

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Nós da POTYFLORES estivemos presentes ao Fórum de Floricultura, bem como, ao lançamento do Catálogo de Flores do Rio Grande do Norte, cujo principal beneficiado é o produtor de flores do nosso Estado, e aproveitamos para agradecer a parceria SEBRAE com a qual contamos ao longo desses anos.

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